O Movimento em Defesa da Economia Nacional (Modecon), que tem como patrono Barbosa Lima Sobrinho, preocupado com as ameaças que pairam sobre a Amazônia, nossa grande patrimônio científico, político, econômico e cultura, vem a público, para conclamar todos os brasileiros, individualmente ou por suas associações e entidades representativas, a participar do Movimento Nacional em Defesa da Amazônia. Já constituiu um lugar-comum denunciar a incessante cobiça internacional sobre nosso maior e mais rico patrimônio. Não obstante, pouco tem sido feito para impor uma efetiva soberania nacional na região. Inúmeros são os perigos que pensam sobre a Amazônia. E, em conseqüência, sobre nosso País: ao desmatamento irresponsável, decorrente da exploração madeireira predatória associada à agropecuária, e a seus efeitos imprevisíveis sobre o clima, somam-se a bio e hidropirataria, o garimpo ilegal, a poluição das águas, o contrabando, a infiltração de entidades subvencionadas por governos estrangeiros, a incessante grilagem com decorrentes expulsão e violência contra populações tradicionais, a degradação das condições de vida nas periferias das cidades, o desemprego massivo, o trabalho escravo, o crescimento dos bolsões de pobreza, a transformação da floresta em pastagens, o empobrecimento e erosão do solo, a falta investimentos na pesquisa de vossa biodiversidade e o sucateamento das Forças Armadas.Além disso, existe a demarcação de gigantescas reservas indígenas em áreas de fronteira e sobre ricas jazidas minerais. Por que a ONU já deseja impedir o acesso de brasileiros e todo um cortejo de outros riscos? Tudo isso em favor de grupos, nacionais e estrangeiros, totalmente descompromissados com o desenvolvimento e beneficiamento das populações locais e do País como um todo.
A Amazônia não pode ficar refém de uma ‘lógica de mercado’ que considera o boi mais importante que o homem. E que vê a floresta, ignorando as peculiaridades da região, apenas como um tesouro a ser pilhado pelos centros hegemônicos do capital, situados no sul-sudeste do país ou no exterior. Esta é uma das causas de sua posição periférica na economia e no desenvolvimento nacionais, em flagrante contraste com suas incomensuráveis riquezas. Adiante do exposto, julgamos que é chegada a hora de deflagrar um grande movimento em defesa da Amazônia, para o qual convocamos todos os brasileiros, acima de distinções político-partidárias e de diferenças de classe. É preciso unirmo-nos todos, civis e militares; ambientalistas, estudantes e intelectuais; industriais, comerciantes, cientistas, pesquisadores e profissionais liberais, bem como suas entidades representativas; representantes da sociedade civil organizada; movimentos indígenas; populações ribeirinhas, trabalhadores rurais e urbanos; e igrejas de uma maneira geral.
Amazônia é para os brasileiros! Desenvolvimento, sim, mas em benefício dos amazônidas e da nação brasileira!
É hora de agir! A Amazônia tem pressa!