Levar equipamentos para o fundo do mar possibilita aumento da produção e redução dos custos. Pensando nisso, a Petrobrás tem investido em tecnologias “subsea” (submarinas) para o sistema que hoje compõe uma plataforma de produção. Significa que, até 2020, o petróleo e o gás poderão até ser enviados diretamente do poço para o litoral, sem passar por plataformas. Segundo a Petrobrás, estão presentes nesses estudos os conceitos “subsea to shore” e “subsea to somewhere”, que incluem processamento de líquidos e gases, transmissão e distribuição de energia no fundo do mar, além de sistemas remotos de operação e monitoramento dessas atividades. Hoje esses processos são realizados nas plataformas.
“Já temos algumas soluções instaladas, como o primeiro sistema de separação submarina água-óleo em águas profundas, instalado na P-37, no campo de Marlim. Outra tecnologia é uma bomba multifásica, operante desde 2012, no campo de Barracuda, na Bacia de Campos, que foi interligada a um poço produtor da plataforma P-48”, esclarece a Companhia, acrescentando que o equipamento é capaz de bombear grandes vazões de líquidos e, com isso, aumentar a produção de petróleo em até 6 mil barris por dia.
O coordenador do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) e assessor da presidência da Petrobrás, Paulo Rodrigues Alonso, pondera que a tecnologia desenvolvida pela Companhia, particularmente aquela ligada aos sistemas submarinos, pode “transbordar” para outros setores. “Isto já vem acontecendo com as imagens em 3D, desenvolvidas para subsea e que hoje estão disponíveis para o público em geral”, exemplifica.
FONTE: Fatos & Dados