No próximo domingo, 26 de outubro, realizam-se o segundo turno das eleições no Brasil e o primeiro no Uruguai. A eleição brasileira ganha destaque, com a mídia internacional seguindo os debates entre a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, e o candidato de oposição, senador Aécio Neves. Há uma indisfarçável preferência pelo candidato de oposição por parte do mundo financeiro, como Wall Street e a City londrina, bem como por parte da mídia conservadora.
A eleição uruguaia também ganha relevo inclusive pelas medidas liberalizantes que o atual governo do presidente José Pepe Mujica tomou no que se refere ao cultivo, distribuição e consumo da maconha. O candidato de situação, o ex-presidente Tabaré Vasquez, está com 41% das intenções de voto. Luís Lacalle Pou, do Partido Nacional, tem 26% e Pedro Bordaberry, do Partido Colorado, 15%. Concorre também Pedro Miele, do Partido Independente. Mantendo-se tais cifras, haverá segundo turno, previsto para 30 de novembro. A eleição abrange também as 99 cadeiras da Câmara de Deputados e as 30 do senado.
Greves na Alemanha
Fim e começo de semana agitado por greves na Alemanha: no fim de semana foram os trens intermunicipais, e na segunda-feira começou uma greve dos pilotos da Lufthansa, que têm como bandeira principal a não redução de seus planos de aposentadoria. A greve dos pilotos vai deixar 200 mil passageiros literalmente plantados no chão, atingindo também vôos internacionais. O clima da economia alemã está bastante tenso, com a recessão europeia batendo às suas portas. O plano de austeridade do governo de Berlim está sob intensa crítica tanto no plano externo quanto interno. Até o presidente do ortodoxo Banco Central Europeu, Mario Draghi, vem exortando Berlim a afrrouxar o cinto das contenções de investimentos públicos para favorecer a recuperação europeia. No entanto a chanceler Angela Merkel, o ministro das Finanças Wolfgang Schäuble e o presidente do Banco Central Jens Weidman não ser mostram nada dispostos a abandonar o ortodoxia recessiva.
ISIS
A partir do domingo os Estados Unidos passaram a jogar de seus aviões armas leves, munição e medicamentos para os curdos que lutam em Kobani, na fronteira da Síria com a Turquia, contra o ISIS. A luta continua feroz, com os militantes curdos tendo conseguido deter a ofensiva do ISIS. A medida pode não agradar o governo turco, que tem uma relação tensa com os curdos e particularmente com o Partido dos Trabalhadores Curdos (conhecido pala sigla PKK), que considera um grupo terrorista, junto com os EUA e a OTAN, embora este grupo tenha abandonado a luta armada já há algum tempo.
Imigração na Europa
Nesta segunda-feira o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, lançou uma advertência ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, dizendo que as medidas restritivas que este pretende adotar quanto à imigração de trabalhadores vindos do antigo leste europeu violam as leis e o espírito da União Europeia. Cameron anunciou a disposição de tomar tais medidas depois que seu partido perdeu importante eleição para o UKIP (Partido da Independência do Reino Unido) no norte do país. O UKIP, que foi o partido mais votado na Ingalterra na eleição para o Parlamento Europeu, tem uma posição claramente anti-imigração, e é acusado de xenofobia.
Vaticano
Terminou no domingo o Sínodo dos Bispos da Igreja Católica, sem alteração no que se refere à consideração da homossexualidade e da família. Seguem de pé, portanto, as restrições à primeira e a pessoas, por exemplo, que se divorciaram e se casaram novamente, proibidas de receber o sacramento da comunhão. Não houve acordo por parte dos bispos da ala mais progressista e da ala mais conservadora. Alguns analistas vêm nisto uma derrota do papa Francisco I, outros consideram que o fato deste ter conseguido abrir uma discussão franca a respeito já um primeiro passo vitorioso diante do conservadorismo católico.
China
Começou na segunda-feira e vai até quinta a reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês. O principal tema da pauta é “o primado da lei”. Espera-se uma discussão sobre falhas no cumprimento da lei em nível local e também sobre o tema da corrupção.
Ucrânia e Rússia
Há esperança de que ambos os países cheguem a um acordo nesta semana sobre o fornecimento do gás russo à Ucrânia, vital para a indústria deste país e também para o aquecimento durante o rigoroso inverno que se aproxima, quando as temperaturas vão bem abaixo dos 20 graus negativos em grande parte do país. Na sexta-feira houve um encontro a portas fechadas entre os presidentes Vladimir Putin e Petro Poroshenko sobre este tema e também sobre a implementação do cessar-fogo no leste da Ucrânia. O resultado do encontro não foi divulgado, mas ambos declararam-se otimistas quanto à possibilidade de avanço em ambas as frentes.
FONTE: Carta Maior