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Artigo de Sinedino repercute na mídia

Data da publicação: 23/10/2014
Autor(es): Rogerio Lessa

As publicações Valor Pro e O Globo deram destaque à carta do presidente da AEPET e representante eleito dos funcionários no Conselho de Administração da Petrobrás, Silvio Sinedino, intitulada “A Petrobrás, a corrupção e o trabalhador petroleiro”. No documento, Sinedino ressalva que ainda não foi divulgada nenhuma prova concreta a respeito das denúncias feitas sob incentivo da delação premiada, mas defende que, uma vez confirmados os relatos, a Petrobrás procure aperfeiçoar suas ferramentas de auditoria interna.

“Os trabalhadores petroleiros, na sua imensa maioria, estão sendo vítimas da generalização das denúncias do alcaguete premiado, que tenta diminuir sua culpa atirando lama para todos os lados, como se dissesse ‘somos todos iguais’. Não, ex-diretor Paulo Roberto, não somos todos iguais!”, enfatizou o presidente da AEPET.

Segundo Sinedino, o Conselho de Administração e a AEPET aguardam para o próximo dia 31 as conclusões das três comissões de apuração formadas para avaliar o caso de Abreu e Lima.

“Dependemos desse relatório para tomar decisões. O grupo é de altíssimo nível. Estamos esperando também um acesso à delação premiada. Até agora não vimos uma prova sequer. Ficam apenas vazamentos dirigidos, visando campanha eleitoral”, criticou o presidente da AEPET.

Sinedino compreende também que a auditoria interna não tem poder de polícia e só pode trabalhar a partir de documentos oficiais. “Vale lembrar que esses bandidos são muito experientes em fraudes e sabem dificultar o trabalho da polícia e das auditorias”, reconheceu. Ele lembra que os contratos originais não previam custos tão altos como aconteceu, por exemplo, na refinaria de Abreu e Lima. “Esses custos foram alterados por causa dos famosos aditivos”, resumiu.

Frisando que a AEPET, apesar de apartidária, é sim uma instituição política, ele lembrou o estatuto da AEPET. “Defendemos a soberania nacional, o monopólio do petróleo, a Petrobrás e seu corpo técnico. Não fazemos mais política porque os movimentos sociais estão enfraquecidos, mas nos mantemos na luta”, acrescentou, em entrevista ao programa Faixa Livre.