Notícia

Queda do petróleo não beneficia a Petrobrás

Data da publicação: 23/10/2014
Autor(es): Rogerio Lessa

O ex-deputado federal Ricardo Maranhão, que é conselheiro da AEPET, recomenda cautela em relação às análises de agências de risco como a Moody’s, que reviu para baixo a classificação da Petrobrás, embora tenha mantido o grau de investimento. Para Maranhão, essas instituições financeiras já erraram muito no passado e emitem opiniões bastante questionáveis, como a indicação de que a queda do preço internacional do barril de petróleo poderia beneficiar a Petrobrás, já que a Companhia é importadora do produto.

“A queda dos preços prejudica mais do que beneficia, pois o custo de produção se mantém, enquanto o preço de venda cai”, ponderou, acrescentando que atualmente a atividade de refino permite pouca margem de lucro, que é compensado pela produção. “As petroleiras ganham dinheiro é com a produção. Tanto que todos dizem que Petrobrás aumentando a produção conseguiria compensar o problema da retenção dos preços da gasolina”, observa.

Maranhão disse ainda que, para uma companhia de petróleo, o essencial são suas reservas e estas a Petrobrás dobrou nos últimos anos, passando de 17 bilhões de barris para 31 bilhões.