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Sinedino comenta rebaixamento do grau de investimento da Petrobrás

Data da publicação: 25/02/2015
Autor(es): Alex Prado

O representante dos trabalhadores no Conselho de Administração (CA) da Petrobrás, Silvio Sinedino, considerou grave a decisão da agência de classificação de riscos Moody’s de revisar o nível de risco (rating) da dívida em moeda estrangeira da Petrobrás de Baa3 para Ba2. Com esta nota a Petrobrás deixa de ser classificada como “grau de investimento”. Se outra agência seguir a Moody’s, fundos de investimentos ficam impedidos de aportar dinheiro na companhia, dificultando ainda mais a capacidade de investimento.

Esta revisão, segundo a Moody’s, reflete a preocupação com as investigações de corrupção em curso e as possíveis pressões sobre a liquidez da Companhia resultantes do atraso na divulgação das demonstrações financeiras auditadas.

Para tentar reverter esta situação, reunião extraordinária do Conselho de Administração, marcada para esta sexta-feira, terá como principal item de pauta a contratação de empresa de auditoria externa. Sinedino adianta que a contratação será feita através de carta-convite a atual auditora, PricewaterhouseCoopers. Por isso, ele afirma que votará contra.

“Este tipo de serviço deveria ser contratado através de licitação. As cartas-convites estão no início de todo o processo de corrupção que abalou a Petrobrás. Por que insistir neste erro?” Questiona o conselheiro.

Sinedino lembra que a composição do CA, com sete representantes indicados pelo sócio majoritário – no caso o governo – e apenas três independetes – ele e dois representando os minoritários -, torna a contratação da PwC certa.