Notícia

Clube de Engenharia promove Congresso de defesa do meio ambiente

Data da publicação: 23/06/2015

Com a presença da ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, de representante do governador do Estado do Rio, Luiz Fernando de Souza (Pezão), Antônio da Hora, do presidente do INEA, Marco Aurélio Porto e do Secretário Municipal do Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz será inaugurado hoje (24), às 10 horas, no Clube de Engenharia, o XI Congresso Brasileiro de Defesa do Meio Ambiente, que tem como foco a crise hídrica e eventual chegada da seca ao sudeste. Apesar do Brasil ter 12% da água doce do mundo, há problemas concretas da falta de água, particularmente no eixo Rio-S.Paulo, conforme atestam os reservatórios das duas cidades.

Para os acadêmicos e especialistas, é necessário uma integração continental na política de recursos hídricos. Por outro lado, a densidade populacional e a crescente e desorganizada ocupação urbana nas regiões metropolitanas, principalmente nas regiões sul e sudeste, estão gerando problemas de abastecimento e de poluição nos rios que desaguam no mar.

Outro problema crescente é a urbanização da subsuperfície, com obras de infraestrutura (redes de transporte, gás e energia , entre outros), que interage com a superfície, afetando o ambiente urbano.e um dos mais preciosos minerais do planeta, a água. O Congresso quer debater essa interação superfície-subsuperficie para responder agora e no futuro às mudanças climáticas, aos eventos extremos de inundação e escassez, segundo membros do comitê organizador do Clube de Engenharia.

Hoje, temos dois dos maiores reservatórios de água doce do mundo, o de Guarani e o da Grande Amazônia. O primeiro fica na região centro-oeste da América do Sul, abrangendo quatro países: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Sua área é de cerca de 1.2 milhões de km2 (71%) no Brasil, que cobre oito estados brasileiros. comuma população de 15 milhões de habitantes. São 45 trilhões m3 de reservas permanentes. Ocorre que está havendo contaminação por fluor, metais pesados e inseticidas usados na agricultura, principalmente na região de Ribeirão Preto (SP)

O segundo é conhecido como Grande Amazônia, indo desde a foz do Amazonas até as bacias subandinas, incluindo os aquíferos de Alter do Chão, Solimões, Amazonas e Marajó. Os recursos hídricos são estimados em 162.520 km3, o maior do planeta.. Hoje cerca de 40% da cidade de Manaus é abastecida pelo Alter do Chão, através de 10 mil poços particulares e 130 de rede pública. O resto vai para Santarém.

A vantagem é que a recuperação da reserva das águas dos rios é mais rápida, comparativamente com os recursos subterrâneos. Mas o problema é o mesmo da regão sul-sudeste; contaminação das águas perto dos centros urbanos, principalmente o despejo de esgoto nos igarapés e do mercúrio usado no garimpo e das substâncias usadas pelo narcotráfico.. Uma das propostas em discussão é o uso de canais de irrigação para a produção de alimentos.