A Petrobrás anunciou a aprovação, pelo Conselho de Administração, da venda de ações da BR Distribuidora na bolsa de valores. A Companhia informou ao mercado que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acatou o protocolo de registro da oferta pública desses papéis. “Pode ser uma privatização disfarçada, inclusive dirigida a um comprador específico, e não uma pulverização das ações”, alerta o vice-presidente da AEPET, Fernando Siqueira.
Para ele, a subsidiária da Petrobrás é estratégica por levar combustível para lugares isolados e não deveria passar para as mãos da iniciativa privada. “Será um forte impacto social negativo”, disse, acrescentando ser “loucura” vender ativos neste momento em que o petróleo está artificialmente baixo, por razões geopolíticas. “Mesmo que não fosse uma empresa estratégica, a venda de ativos neste momento é uma loucura, pois estão desvalorizados.”
Em seu comunicado ao mercado (Fato Relevante) a Companhia ressalva que todos os atos necessários para realização da oferta estarão sujeitos à aprovação dos órgãos internos da Petrobrás e da Petrobrás Distribuidora, além dos demais trâmites legais. “A presente comunicação não deve ser considerada como anúncio de oferta e a realização da mesma dependerá de condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e internacional”, promete a empresa.