Notícia

Proposta de acordo coletivo apresentada pela Petrobrás é afronta aos petroleiros

Data da publicação: 24/09/2015
Autor(es): Alex Prado

A AEPET repudia, com veemência, a proposta rebaixada de acordo coletivo apresentado pela Petrobrás, punindo o corpo técnico da empresa com perda real no valor do salário e suspensão ou diminuição de direitos conquistados. É inadmissível que a fatura dos erros de poucos seja debitada na conta de todos os petroleiros. Mas os diretores tiveram seus vencimentos corrigidos pela inflação plena, em abril.

Além de propor um reajuste nos salários abaixo da inflação, que significa uma perda real de 3,84%, o corte de alguns benefícios chega a 9,57%. Os principais ataques aos direitos são o congelamento do valor do auxílio almoço; reajuste do auxílio refeição abaixo da inflação; redução do valor percentual da hora extra (que passa de 100% para 80%), redução do valor do adicional noturno; exclusão dos dependentes da AMS para odontologia e ortodontia; aumento no custo do benefício farmácia.

Vale lembrar que é o trabalho dos petroleiros que garantiu um lucro operacional 39% superior e uma geração de caixa 35% superior no primeiro semestre de 2015, comparado com igual período do ano passado.

Segundo o advogado do Sindipetro-RJ, Dr. Luiz Fernando, a proposta apresentada também interfere nas ações vencedoras sobre a RMNR, matéria já pacificada no plano jurisprudencial pela SBDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho.