A Petrobrás e seus parceiros comemoraram ontem o total de 1 bilhão de barris de petróleo produzidos no pré-sal. Essa produção acumulada ocorre apenas seis anos após a entrada do primeiro sistema de produção na Bacia de Santos, no campo de Lula, e 10 anos após a primeira descoberta em 2006, e demonstra a capacidade técnica e de realização da Companhia.
Em nota, a empresa diz que “esse desempenho é ímpar na história mundial da produção offshore de petróleo. Comparando com outras importantes áreas petrolíferas do mundo, na porção americana do Golfo do México, esse patamar foi atingido 14 anos após o início da produção comercial e, no Mar do Norte, em oito anos. No Brasil, esse mesmo patamar só foi atingido na Bacia de Campos depois de 15 anos de produção comercial.”
De acordo com Solange Guedes,diretora-executiva de Exploração e Produção,“chegar a 1 bilhão de barris em apenas seis anos em águas ultraprofundas é uma realização ímpar. Não é qualquer companhia que pode contar essa história.”
Dez anos após a primeira descoberta comercial naquela província, o pré-sal tornou-se uma das regiões produtoras mais competitivas do mundo. A área tem produtividade média acima da indústria mundial em campos offshore – chegando à vazão de 25 mil barris por dia por poço em alguns casos, produtividade 30% maior em relação a 2010 – o que leva à necessidade de interligar menos poços por sistema de produção.
A produção no pré-sal se dá em grande escala, de um petróleo de ótima qualidade para o refino e com custo de extração inferior a US$ 8/barril. Hoje, com a contribuição de apenas 11 sistemas dedicados, nove na Bacia de Santos e dois na de Campos, o pré-sal já representa quase 50% da produção operada pela Petrobrás e por cerca de 35% da produção própria da Companhia. Entre 2017 e 2021, 16 novos grandes sistemas de produção entrarão em operação no pré-sal.
A Petrobrás registrou ainda outro resultado importante no pré-sal. O gasoduto Rota 2 atingiu, no dia 15 do mês passado, a marca de 2 bilhões de metros cúbicos de gás exportados, apenas nove meses após o início de sua operação, em fevereiro deste ano. Com 401 km de extensão, o Rota 2 é o gasoduto de maior extensão do país e interliga os sistemas de produção do pré-sal da Bacia de Santos ao Terminal de Tratamento de Gás de Cabiúnas, em Macaé (RJ). Diariamente, essa malha de dutos exporta, em média, 12 milhões de m³/dia para o terminal, sendo responsável por 70% do gás escoado naquela província.
Publicado em 15/12/2016 em Monitor Mercantil.