A Petrobrás informou que concluiu, nesta terça-feira (22) operação de venda da participação da empresa no bloco exploratório BM-S-8 (Carcará) para a estatal norueguesa Statoil. A operação foi concluída com o pagamento pela Statoil de US$ 1,25 bilhão, correspondente a 50% do valor total da transação. Para o vice-presidente da AEPET, Fernando Siqueira, trata-se de um péssimo negócio, já que a Petrobrás abre mão de 1,5 bilhão de barris de petróleo por um valor baixo.
Segundo Siqueira, a Petrobrás pagou ao governo, quando da cessão onerosa de 7 blocos, o equivalente a US$ 8 por barril. Mantendo esta mesma cotação, Carcará valeria ao menos US 12 bilhões.
A Statoil, quando começou a explorar petróleo no Mar do Norte, tinha uma reserva de cerca de 25 bilhões de barris e hoje lhe resta cerca de 8 bilhões. Para Siqueira, a estatal norueguesa faz o correto, pois precisa repor reservas. Já a Petrobrás vai pelo caminho oposto.
“Enquanto isto, o Brasil que tinha 14 bilhões de barris de reservas petrolíferas até 2006, descobriu outros 40 bilhões no pré-sal, que pode ter entres 100 e 300 bilhões de barris. Se proceder como a Noruega, atingirá o seu potencial de país mais rico e mais viável do planeta em curtíssimo prazo. Mas se fizer como os países que entregaram o petróleo para as empresas do cartel produzirem, ficará na miséria como ficaram Angola, Gabão, Nigéria e outros. O governo Temer segue nessa filosofia. O programa do PMDB é a “ponte para o futuro… dos EUA”, um primor de entreguismo”, conclui Siqueira.