Na condição de acionista minoritário da Petrobrás, a AEPET ingressou com pedido de impugnação do voto do acionaista majoritário (o governo) não só pela aprovação das demonstrações contábeis como também pela eleição de conselheiros fiscais da Companhia. Segundo o vice-presidente da AEPET, Fernando Siqueira, a fundamentação do pedido está baseada no fato de que o governo não tem legitimidade não apenas para aprovar demonstrações contábeis como também para a indicação dos conselheiros. E justificou: “O governo tem oito ministros denunciados na operação Lava Jato, além do próprio presidente Michel Temer. Eles foram citados nos depoimentos dos dirigentes da Odebrecht, do ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, e vários outros. A representante do governo, por exemplo, disse que os conselheiros fiscais escolhidos para serem votados pelo governo tiveram seus nomes amplamente discutidos pelos integrantes da cúpula governamental. “Isto não abona o nome das pessoas, pelo contrário: esse grupo é formado por Moreira Franco, Romero Jucá, Eliseu Padilha, Bruno Araújo, Aloysio Nunes, Marcos Antônio Pereira, Blairo Maggi e outros.” “Diante disso, como pode a Petrobrás ter em seu Conselho Fiscal pessoas indicadas por um grupo de reputação duvidosa? Qual a confiança que os acionistas minoritários terão nessas pessoas? Foi por essas e outras que a empresa se tornou vítima de uma corrupção tão absurda”, resume Siqueira.