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Desenvolvimento tecnológico tem receitas diferentes para países diferentes

Data da publicação: 09/06/2017
Autor(es): Rogerio Lessa

No segundo e terceiro capítulos do relato elaborado pelo engenheiro Dorodame Moura Leitão sobre o processo de aprendizado tecnológico da Petrobrás, intitulado “Recordações das lutas pela tecnologia na Petrobrás”, ele salienta que a evolução vivida pela Companhia repetiu o modelo de países de industrialização tardia, como o Brasil.

“A visão clássica do processo tecnológico engloba desde a concepção ou geração de uma idéia até a sua utilização em escala comercial, incluindo a criação, desenvolvimento e difusão de produtos, processos ou serviços novos ou melhorados. Tudo dentro de uma sequência lógica e organizada, em que se parte de uma idéia e chega-se a um processo ou a um produto novo”, observa.

No entanto, o engenheiro pondera que nos países que chegaram atrasados à Revolução Industrial, o processo tecnológico se passa no sentido contrário ao verificado nos países desenvolvidos. “O aprendizado começa com a produção, quando esses países importam as informações que permitem a construção de uma unidade industrial e aprendem a operá-la. Com a evolução do processo, o aprendizado passa à etapa de implementação, quando se aprende a construir fábricas e instalar equipamentos ou a construí-los, tudo utilizando conhecimento importado”.

Clique aqui para ler os capítulos 2 e 3

Dorodame é engenheiro civil e de processamento, formado, respectivamente, pela UFRJ (1958) e, no ano seguinte, pela própria Petrobrás. Tem mestrado em Engenharia Química pela Coppe/UFRJ e trabalhou na Companhia de 1959 a 1990. Durante sua carreira, passou por vários segmentos da empresa, como RLAM (1960/1963); CENAP (1964/1965), onde atuou como coordenador e professor do Curso de Engenharia de Processamento; CENPES (1966/1987 – Chefe da DITER e da DIPLAT); SERPLAN (1988/1989 – coordenador metodológico e conceitual da implantação da Administração Estratégica).