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Resultados da Petrobrás: “Geração de riqueza foi extraordinária” afirma Coutinho

Data da publicação: 22/03/2016
Autor(es): Alex Prado

Felipe Coutinho, presidente da AEPET, avaliou positivamente os resultados financeiros apresentados no balanço da Petrobrás. “”Apesar do prejuízo contábil de R$ 34,8 bilhões, a geração de riqueza foi extraordinária, com um lucro bruto de R$ 98,6 bilhões (23% maior que 2014) e EBITDA (Receita antes das despesas com juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 73,9 bilhões (25% maior que 2014)””, comentou Coutinho.

A empresa apresentou um caixa livre positivo em R$ 15,6 bilhões, ante um resultado negativo de R$ 19,6 bilhões em 2014, favorecendo a redução em 5% do endividamento líquido, em dólares. Desde 2007, não se registrava fluxo de caixa livre positivo.

Entre outros dados positivos, está o crescimento anual de 4% na produção de petróleo e gás natural (Brasil e exterior), atingindo a média de 2 milhões 787 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). A produção de petróleo no Brasil superou a meta do Plano de Negócios e Gestão, alcançando 2 milhões 128 mil barris por dia (bpd). Na camada pré-sal, a produção operada pela Petrobrás se manteve acima de 1 milhão de boed desde julho de 2015.
O prejuízo contábil de R$ 34,8 bilhões é resultado da reavaliação dos ativos, diante da nova conjuntura dos preços do petróleo e da cotação cambial, da desvalorização do real e das despesas com juros.

Felipe Coutinho ressalta que a área de Abastecimento teve receita positiva de R$ 25,4 bilhões, enquanto o E&P registrou prejuízos devido à reavaliação dos seus ativos. “Cabe o registro para demonstrar a importância da integridade corporativa diante da variação dos preços relativos”, concluiu o presidente da AEPET
Já o assessor legislativo e ex-funcionário da Petrobrás Paulo César Ribeiro Lima considerou exagerada a baixa contábil (impairment) de R$ 49,748 bilhões, sendo que R$ 36,184 bilhões referem-se a campos de produção. Para ele, o valor contábil referente aos campos de produção da Petrobrás é subestimado, uma vez que as reservas, bens da União, não podem ser contabilizadas no ativo da empresa, ao contrário do que sugere o Relatório divulgado nesta segunda-feira (21).

“Campos como Sapinhoá, Lula e Búzios, localizados na província do Pré-Sal, são ativos cujo valor real não está nem pode ser registrado no ativo contábil. Assim sendo, essa baixa contábil de R$ 36,184 bilhões não faz o menor sentido, pois poderia ser mais que compensada pela ‘valorização contábil’ de outros campos. Conclui-se, então, que a Petrobrás poderia ter apresentado lucro, em vez de prejuízo, no ano de 2015” afirmou o assessor legislativo.
Apesar do prejuízo, a ações da Petrobrás subiram no pregão desta terça-feira (22).