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Quadrilha do Temer promove genocídio no Brasil

Data da publicação: 20/09/2017

A reforma trabalhista elimina direitos, garantias e poder de negociação dos trabalhadores. Terceirização, dispensa em massa, trabalho intermitente, negociado prevalecendo sobre o legislado, ou seja, precarização generalizada contra o trabalhador.

A PEC 241 da paralisia congela por 20 anos os investimentos do governo. Essa PEC faz com que não haja investimentos na saúde, na educação, na segurança e na infraestrutura, além do que gera um crescente desemprego. Assim, as pessoas morrem de fome, ficam doentes com o stress e não têm para onde recorrer para cuidar de sua saúde. Enfrentam filas cada vez maiores nos hospitais públicos, o que cria um círculo vicioso: stress, doenças psicossomáticas e ausência de saúde e segurança.

O mais perverso é que esse genocídio se dá de forma lenta e gradual, aumentando o sofrimento das pessoas mais pobres e desamparadas, ao mesmo tempo em que o desemprego e a falta de investimentos transformam a classe média em mais pobres e desamparados.

A quadrilha que está no poder não pensa em momento algum na população, em um projeto nacional. Antes só pensavam em enriquecer, entregar as riquezas do país em troca de propinas (por sorte deles ainda não existe a operação car wash, ou a lava jato internacional). Agora trabalham para manter os privilégios e freneticamente para não ir para a cadeia. Assim, o país mais rico e mais viável do planeta retorna à década de 1930 caminhando para uma condição de colônia dos países hegemônicos.

Outra frente de ataques à população é a reforma da Previdência. Ela consome 22% do Orçamento da União e beneficia 100 milhões de brasileiros. E 56% desse montante retorna imediatamente aos cofres públicos na forma de impostos sobre o consumo e outros. Enquanto isso, os gastos com juros amortizações da dívida, que na verdade é uma rolagem de uma dívida que já foi paga dezenas de vezes, consomem metade do Orçamento da União e beneficiam meia dúzia de banqueiros.

Antes mesmo de concluírem o saque à Previdência Social, já miram nos R$ 810 bilhões que circulam entre os fundos fechados de previdência. Os bancos não podem tolerar isso. E os banqueiros Henrique Meirelles, sócio do Banco Original, e Ilan Goldfajn, executivo do Itaú, comandam a economia drenando os recursos do país para os seus bancos. É o que o presidente da AEPET, Felipe Coutinho, chama de “porta giratória”, ou seja, nos bancos eles são executivos, no governo se tornam executores.

A última novidade é o massacre nos participantes dos fundos de pensão. No caso Petros, por exemplo, uma plêiade de apaniguados do governo promove uma farra de maus investimentos que, segundo alguns delatores, geraram propinas e até apartamentos nos Estados Unidos. Gestão temerária, corrupção, maus investimentos e não cobrança das dívidas das patrocinadoras levaram o fundo a um prejuízo de R$ 27 bilhões.

O Conselho Fiscal, por conta desses desmandos, rejeita as contas há 14 anos, mas o conselho deliberativo, que é nomeado pela Petrobras para defender seus interesses, não só aprova as contas, como abona as atitudes dos maus gestores. Recentemente, o Conselho Deliberativo, com o voto da patrocinadora, aprovou um plano de equacionamento contra o voto dos conselheiros eleitos, e que estenderá o genocídio aos participantes do fundo de pensão.

Um trabalhador aposentado que fez a grandeza da Petrobrás, tem no final da sua vida a triste notícia de que passará a pagar cerca de 40% do seu benefício para cobrir a dívida gerada pela gestão temerária sem ter tido direito de se defender, inclusive impedido de eleger dois diretores conforme acordado entre Petros, Petrobras e FUP no acordo espúrio que perdoou 50% da dívida da Petrobras, reconhecida por perícia judicial.

O que não podemos permitir é que essa quadrilha permaneça no poder, se locupletando a cada dia, e que dê vazão àquela previsão sinistra e tenebrosa “o que nós temos que ‘Temer’ é que o Brasil vá de ‘Maia’ a pior”. Basta de corrupção ! Basta de político safado ! O povo brasileiro não merece.

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aepet.org.br