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Fafen no Paraná deve gerar 5 mil empregos e estimular pesquisa e inovação

Data da publicação: 07/02/2024
Autor(es): Jornalismo AEPET

Petrobrás deve retomar a produção na Fábrica de Fertilizantes, em Araucária (PR), ainda este ano.

A reabertura da FAFEN-PR (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná), em Araucária, deve gerar 5 mil empregos diretos e indiretos, conforme estimativa do Sindiquímica-PR. A expectativa é que a reativação da fábrica pela Petrobrás ocorra ainda no primeiro semestre deste ano.

A retomada das atividades já tem o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas precisa ser consolidada pelo conselho da empresa. Parada desde 2020, durante o governo Bolsonaro, a unidade deve receber investimentos na casa dos R$ 800 milhões para voltar a operar.

A retomada da FAFEN-PR beneficiará o setor agropecuário, diminuindo a dependência de produtos importados da Europa e Ásia e reduzindo a pressão sobre os preços provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

Antes da paralisação, a FAFEN-PR produzia parte significativa da ureia e amônia do mercado brasileiro, matérias-primas utilizada na fabricação de fertilizantes. Com a redução do custo de produção a partir da maior disponibilidade de produtos nacionais, espera-se que haja diminuição também no preço dos alimentos.

Dos 5 mil empregos que devem ser gerados, 1 mil são postos diretos. As contratações priorizarão os trabalhadores demitidos em 2020, conforme o Sindiquímica-PR. A medida tem justificativa social e técnica. São pessoas com experiência e que conhecem o funcionamento da fábrica. Em algumas posições, leva-se até 5 anos para preparar o profissional para a função, mesmo com formação teórica. A operação é complexa e envolve extremos, com temperaturas em alguns equipamentos que variam de -70°C a 200°C.

“A reabertura atende uma questão social, que é o emprego, sendo estratégica para desenvolvimento de um polo petroquímico no Paraná e fundamental para uma agricultura com qualidade no país”, afirma o diretor do Sindipetro, Ricardo Marinho.

A reativação puxará o crescimento da cadeia produtiva. No entorno da unidade, há várias empresas que prestavam serviços à FAFEN-PR que estão paradas, aguardando a retomada das atividades. “A reativação contribuirá para o desenvolvimento tecnológico, além de Araucária e região, também da Lapa, Contenda, São José, Fazenda Rio Grande, Campo Largo e Cidade Industrial de Curitiba”, complementa o diretor do Sindipetro.

SUSTENTABILIDADE

A FAFEN-PR utilizava como matéria-prima resíduos da REPAR, que fica ao lado, o que verticalizava e integrava parte da produção.

A capacidade produtiva por dia é de 2 mil toneladas de ureia, 1.300 toneladas de amônia e 1.680 toneladas de Arla 32 – este último utilizado pela indústria automotiva em catalizadores para reduzir a emissão de gases poluentes.

Em um segundo momento, a FAFEN tem planos para a fabricação de fertilizantes a partir de plástico reciclado, o que deve contribuir para a sustentabilidade e incentivar a cadeia da reciclagem.

Com informações do Sindipetro PR