Se a pessoa vai comprar algo de valor, por exemplo, uma casa, é comum verificar se existe condição financeira para arcar com as despesas, se o valor de venda dela no futuro é compensatório etc. Então, peço que reflita junto comigo sobre a sua decisão em quem votar em outubro próximo.
A minha ousadia ao buscar interferir no seu voto é porque o futuro de todos nós vai depender do conjunto dos nossos votos. Que sua escolha influencie o seu futuro é justo, mas o problema é que ele influencia o meu também e o de toda a coletividade. No período eleitoral, existem muitos caçadores de voto, alguns, bem intencionados, com interesse em contribuir para a sociedade e, outros, com interesse único de usar o cargo eletivo em benefício próprio ou do seu grupo.
Esteja consciente que seu voto não pode ser comprado e ninguém pode fazer chantagem com você para poder obtê-lo. Contaram-me que políticos conseguem até marcar operações em hospitais públicos, furando a fila de atendimentos, em troca de voto. Neste caso, não vou querer influenciar o seu voto porque quem está sofrendo é você. Mas este político é desonesto, porque quem pode definir a ordem das operações são os médicos que conseguem avaliar a gravidade de cada caso. Aliás, este político deve lutar para que as filas nos hospitais nunca acabem, pois elas são compostas de eleitores prontos a negociar o voto.
Estes “compradores de votos” não têm nenhum compromisso com a sociedade. Além disso, muitos deles são enganadores, já que prometem empregos e muito mais, e quando eleitos, não cumprem. Muitas vezes, porque, mesmo com o mandato, eles não têm como cumprir o prometido. Desta forma, não negocie seu voto com políticos que oferecem dinheiro ou benesses. O nosso futuro nunca vai ser melhorado através deles.
Para escolher em quem votar é necessário algum estudo, principalmente porque os maus-caracteres procuram dissimular sua má intenção. Alguns conselhos podem ajudar neste processo de separação do joio do trigo. Busque ver o currículo do candidato. Veja se ele já teve mandatos eletivos e, se teve, que projetos apresentou, como votou os diversos projetos, quantas sessões ele faltou, quais foram seus discursos na tribuna, que artigos escreveu e quem o recomenda. O Google não deve ser considerado como uma fonte fidedigna, mas coloque o nome do candidato lá, pois podem aparecer surpresas.
Tem-se mais trabalho quando o candidato nunca teve um mandato. Mas, de qualquer forma, ele teve um passado. A opinião sobre qualquer candidato, que tenha tido mandato ou não, será sempre baseada no passado do próprio, o que nos ajuda a deduzir como ele se posicionará no futuro. Não confie em currículos feitos pelos próprios candidatos. Desconfie dos candidatos muito citados nas televisões, rádios, jornais e revistas, porque o poder econômico deve estar querendo inflá-los ou queimá-los.
Busque obter informações sobre como pensam estes candidatos sobre os temas que você julga relevante. Por exemplo, o que pode ser feito para combater o desemprego? Como ele se posiciona com relação à pretendida reforma da previdência? Ele apoia a reforma trabalhista recém-aprovada? Se todos os eleitores votarem cumprindo as recomendações citadas, certamente o nosso futuro será bem melhor, pois teremos políticos com mandatos que serão verdadeiros representantes do povo. Ou seja, o voto consciente traz um futuro melhor.
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