No último dia 02 de março o atual presidente da Petrobras, Pedro Parente, enviou nova carta aos petroleiros. Na verdade Parente já enviou diversas cartas aos funcionários da companhia, todas repletas de mentiras e afirmações insustentáveis para quem conhece a empresa e sua história, como é o caso dos petroleiros. Em função disto, hoje, quando se pronuncia o nome ‘Pedro Parente’ na Petrobras, os petroleiros perguntam: Quem? O carteiro?
Nesta última missiva, Parente tenta convencer a categoria de que fez um excelente negócio para a empresa com a recente “parceria” com a francesa Total. Mas o blá, blá, blá de Parente não convence ninguém. Até os mais fanáticos dos “coxinhas” estão ficando com dificuldades para aceitar as explicações deste cidadão. Por que Parente não consultou a opinião dos petroleiros antes de fechar a “parceria” com a Total? Para que carta agora se o negócio já está consumado?
Por que Parente não consulta a opinião dos petroleiros, sobre a venda da NTS, da Liquigás e de Carcará? Todas feitas de forma ilegal e sem nenhuma justificativa técnica, e os petroleiros estão muito conscientes disto.
Por que Parente não consulta os petroleiros sobre sua intenção de vender a BR Distribuidora que, segundo a revista Exame (jul/2016), é a segunda maior empresa do Brasil, superada apenas pela própria Petrobras?
Não só os petroleiros, mas qualquer brasileiro medianamente informado, assistindo ao projeto lesa-pátria em andamento na Petrobras, se pergunta: onde estão os Poderes Públicos, as Instituições brasileiras que não combatem tudo isto?
Alguma esperança existe, pois o próprio Pedro Parente é réu em ação popular civil desde 2001 (processo nº 2001.71.12.002583-5) que corre na 2ª Vara Federal de Canoas (RS), onde aguarda julgamento por um prejuízo de R$ 2,5 bilhões causado à companhia. Quem sabe o julgamento seja concluído pelos juízes gaúchos, nos livrando desta figura nefasta.
Outra esperança é o processo que corre no Tribunal de Contas da União (TCU) que através de medida cautelar paralisou todas as vendas de ativos da Petrobras, desde de dezembro de 2016. O processo deverá voltar à pauta no próximo dia 15, segundo informa hoje o “Estadão”. Mas a postura do TCU nos leva a desconfiar de suas intenções, pois este tribunal hoje já deveria estar processando Pedro Parente pelas vendas ocorridas fora da lei e não apenas falando em vendas futuras.
Resta-nos pedir a Pedro Parente que pare com as epístolas, pois não vão levar a nada e os petroleiros têm mais o fazer.
Publicado em 08/03/2017 em Brasil 247.