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AMS cobra déficit 2019 que não existiu?

Data da publicação: 18/06/2020

Recebi comunicado da AMS informando:

“A partir do mês de julho, a AMS Petrobras começa a cobrar dos seus beneficiários parcelas extras para restabelecer a relação de custeio 70 x 30 dos gastos com a saúde, que não foi alcançada no ano de 2019.”

Analisando o relatório AMS 2019, encontramos a tabela referente à “Evolução anual dos custos assistenciais 2017/2019”, conforme a seguir:

AMS1

Notem que a “relação de custeio Petrobras” em 2019 indica 73%. Entretanto verificando os números vemos que o correto seria 69% (2.086 : 3004). Se isto for verdade o déficit de R$ 84,6 milhões não existe.

Gostaria de obter uma explicação da AMS sobre isto. Gostaria de saber também se existe alguma empresa auditando os números da AMS.

Outra tabela que me chamou a atenção mostra a “Evolução dos custos totais” incluindo gastos administrativos:

AMS2

Se olharmos os dados registrados no sistema integrado contábil da Petrobrás, especificamente na DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO encontramos os seguintes gastos classificados como Plano de Saúde:

                                         R$ milhões
                                 2017     2018     2019
                                 5.013    4.286    5.373

Gostaria de entender não só a diferença dos números mas principalmente na evolução pois nos dados contábeis existe uma queda nos gastos em 2018.

Cláudio da Costa Oliveira
Economista da Petrobras aposentado

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aepet.org.br