Artigo

Até quando os petroleiros vão suportar pacificamente?

Data da publicação: 11/04/2018

Ontem, 10/04/2018, recebi informativo Petros com o seguinte título ; “Mudança na forma de cálculo da margem consignável”

O informativo esclarece “Desde 20/03/2018 os empréstimos com desconto em folha concedidos a aposentados e pensionistas passaram a ser calculados com base apenas no benefício Petros, sem levar em conta a quantia que esses participantes recebem do INSS”

O motivo para a mudança é informada no final do texto : “manter o histórico da Fundação de baixa taxa de inadimplência nos empréstimos aos participantes”

Ou seja, a atual administração da Petros sob a falsa justificativa de “manter baixa taxa de inadimplência”, retira mais um direito dos petroleiros.

Os petroleiros terão então a opção de transferir o recebimento do INSS para qualquer banco, que fará os empréstimos, com juros muito mais altos, sem solicitar nenhuma garantia, uma vez que a inadimplência é 0% (zero).

Aliás em qualquer esquina encontramos agiotas oferecendo empréstimos para aposentados e pensionistas dos INSS, exatamente porque o risco e 0%.

Então qual o motivo desta mudança senão o de retirar mais um direito adquirido pelos petroleiros nas últimas décadas ? Qual o motivo senão humilhar mais uma vez os petroleiros ?

Sou aposentado pelo Plano Petros 2 e portanto não fui atingido pelo absurdo equacionamento em andamento. Tenho acompanhado constrangido e impotente a violência que está sendo cometida com milhares de companheiros. Muitas opções para uma solução mais adequada do problema foram apresentadas, mas nada interessa à atual administração senão prejudicar os petroleiros. Direta e ostensivamente.

Não adianta agendar reuniões ou buscar diálogo, o objetivo desta gente é bem claro : eliminar todos os direitos dos petroleiros e destruir a Petrobras.
A todo momento surgem novas notícias como a do Petronoticias de 09/04/2018 “Sem alarde ou anúncio oficial Petrobras vende mais um ativo estratégico : A UFN III de Três Lagoas.

E os petroleiros ? Vão continuar assistindo tudo isto passivamente como ovelhas a caminho do abatedouro ?

Não é só uma obrigação mas um dever de todos defender sua empresa, seu emprego, seu país e sua família.
A única arma disponível é a paralisação. Paralisação pacífica mas total. Paralisação dos administrativos, das plataformas, das refinarias, dos dutos, dos navios e tudo mais.
Paralisação antes que não reste mais nada o que defender.

Federações, sindicatos e associações devem se unir num objetivo comum e imediato.
Exigir uma mudança radical na atual política fascista da Petrobras é fundamental. Obrigação e dever de todos.

Cláudio da Costa Oliveira
Economista da Petrobras aposentado

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