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Não faz sentido vender campos de petróleo em produção

Data da publicação: 10/12/2015

Os jornais anunciam que a Petrobrás decidiu ser mais agressiva e oferecer os campos de Baúna e Golfinho, em produção, do pré-sal. É inaceitável essa atitude, principalmente estando os ativos desvalorizados em função do preço baixo, temporário, do petróleo. Os dois campos produzem juntos 76 mil barris por dia, não são campos a serem explorados, mas campos já produzindo!

Nenhum país soberano comete esse tipo de desatino.

Há muitas opções para a Petrobrás obter recursos, principalmente tendo uma reserva de petróleo já descoberto de 100 mil barris como garantia. Ela pode conseguir recursos no banco de desenvolvimento dos Brics, pode conseguir recursos com a China ou cobrar do governo os R$ 80 bilhões do prejuízo causado pela política de preços dos combustíveis.

Outra saída seria adotar o projeto Requião, que é uma excelente idéia: a Petrobrás emite debêntures com rentabilidade atrativa e os bancos públicos compram essas debêntures, obtendo uma rentabilidade garantida.

Ou seja, o governo não despende um centavo para ajudar a Petrobrás e ainda gera ativos para seus bancos.