E segue a xepa das partes fatiadas da Petrobrás, agora, em sua fração mais lucrativa: a petroquímica. Em março deste ano vendeu-se a Petroquímica Suape, e Pernambuco.
Agora, gigantes do setor de petróleo e químico como a Esso, Shell, Dow Chemical e LyondellBasell e Saudi Aramco estão na fila da aquisição da parcela de 36% da Petrobrás na Petroquímica Braskem, que tem sua principal base instalada no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, segundo matéria no Valor (20/07/17, P.B5).
A receita líquida da Braskem no ano passado foi a bagatela de R$ 47,7 bilhões.
O restante das ações da Braskem é da combalida Odebrecht derrubada pela Lava Jato.
As petroleiras estrangeiras estão atrás de unir produção de petróleo no litoral brasileiro, com o beneficiamento e a agregação do enorme valor, com o setor petroquímico aqui já instalado.
Junto levam o enorme mercado brasileiro de petroquímicos. Uma barbada.
Mais um negócio sem construir nada de novo, só levando a preço vil, a indústria aqui instalado e seu enorme e garantido mercado.
Para completar a barbada, os compradores, estão sugerindo à Braskem, que antes assinem um contrato de longo prazo para fornecimento de nafta no mercado brasileiro.
Assim é fácil ser empresário. Indústrias instalada e um mercado garantido por longo prazo.
O risco? Deixar o negócio para trás ou ver a política entreguista do Brasil ser revista.
Imagine se a aposta for pelo negócio e a compra, quanto não estaria dispostos a pagar (e bancar candidaturas) para o poder político não correr o risco de virar o jogo.
Publicado originalmente em 21/07/2017 no Blog do Roberto Moraes.