Há anos, a AEPET defende um ritmo de exploração do pré-sal de acordo com as necessidades do país.
A Petrobrás deve divulgar nesta semana o resultado de produção em 2023. Certamente apresentará números robustos. Entretanto, entrevista à Bloomberg do diretor de exploração e produção, Joelson Mendes, aponta a necessidade urgente da Petrobrás novas reservas. Os números de 2023 devem se manter estáveis até 2026.
Isso porque campos importantes que empresa colocou em operação a partir de 2010 atingiram o pico de produção e já começam a declinar. Como o pré-sal responde por mais de 70% da produção nacional, a tendência é de crescimento do volume produzido, em patamares menores, até 2030. Depois disso virá o declínio.
Mendes fez uma declaração ainda mais categórica: ‘sem a recomposição das reservas, até 2050 o Brasil será um país insignificante em termos de produção de Petróleo.”
Há anos, a AEPET defende um ritmo de exploração do pré-sal de acordo com as necessidades do país. Mas o que assistimos hoje é uma corrida desenfreada para colocar o Brasil como um dos grandes exportadores de petróleo bruto.
Novamente na presidência da AEPET, Felipe Coutinho apontou esta distorção no artigo “Exportação de petróleo cru é recorde, Lula conduz o Brasil na rota colonial pavimentada por Temer e Bolsonaro”.
Outro ponto que a AEPET julga essencial para o futuro da Petrobrás é a retomada dos investimentos aos níveis anteriores a 2015, com ênfase em Exploração e Produção. O atual plano de investimentos não recuperou metade dos valores anteriores, enquanto cresce a distribuição dividendos aos acionistas.
Pesquisar a potencialidade da margem equatorial brasileira é imperativa. Mas o que se viu nas últimas semanas foi o lobby das ONG’s ditas ambientalistas, divulgando laudos do Ibama inconclusivos e até fake news sobre vazamento de óleo no norte do país, fato negado pela Marinha.
É preciso vencer estes obstáculos pelo bem da Petrobrás e do Brasil.