A Petrobrás divulgou nesta segunda-feira (02), decisão da diretoria executiva de rever o plano de desinvestimento para o biênio 2016/17, com a meta agora de se alcançar um valor de US$ 13,7 bilhões, ante uma previsão feita em 2014 de US$ 5 bilhões a US$ 11 bilhões.
Para o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração (CA) da Petrobrás e diretor da AEPET, Silvio Sinedino, a decisão mais uma vez passa por cima do CA, transformando a instância máxima da empresa em mero órgão homologador.
“Segundo o comunicado da Petrobrás, a decisão foi tomada em reunião no dia 26 de março. Ora, no dia seguinte aconteceu reunião do CA e nada disso foi informado aos conselheiros”, reclamou Sinedino.
O representante dos trabalhadores mostrou-se ainda mais surpreso porque, entre os ativos analisados para venda, estão até mesmo campos de óleo. A nota oficial divulgada diz que os desinvestimentos devem ser feitos em Exploração e Produção no Brasil e no exterior (30%), Abastecimento (30%) e Gás e Energia (40%).
“Vender campos de óleo, parece-me um total despropósito, principalmente quando as cotações internacionais estão baixas. A diretoria executiva deveria é exigir da União o ressarcimento dos R$ 60 bilhões que sangraram dos cofres da empresa, para manter os preços dos combustíveis artificialmente baixos”, opinou Sinedino.