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Brasil “de mal a pior” no ranking da indústria

Data da publicação: 29/01/2016
Autor(es): Rogerio Lessa

O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) divulgou documento revelando, segundo o próprio texto, que no quesito complexidade (valor agregado) os produtos exportados pelo Brasil vão “de mal a pior”. Em 2004, as exportações brasileiras ocupavam o 41º lugar no ranking mundial da complexidade; já em 2014 caíram para a 51ª posição, atrás de diversos países em desenvolvimento, como México, Uruguai, El Salvador e Costa Rica. Se forem considerados apenas os vinte produtos mais complexos cujas vendas superam US$ 1 bilhão, a situação fica ainda pior, pois o Brasil cai para o 148º lugar. Somados, estes produtos responderam por apenas 0,2% das exportações brasileiras em 2014.

“A queda do Brasil no ranking da complexidade das exportações entre 2004 e 2014 se deve à deterioração da pauta, cada vez mais concentrada em produtos minerais (27% em 2014), produtos vegetais (17%) e alimentos (12%)”, diz o IEDI. Dentre os gêneros industriais destacam-se equipamentos de transporte (7%), máquinas/elétricos (6%), produtos de metal (6%) e químicos e relacionados (5%), lembrando a importância estratégica para o Brasil de ter uma empresa como a Petrobrás funcionando a pleno vapor e mantendo sua tradição na área de Pesquisa e Desenvolvimento, bem como em outros ramos da indústria do petróleo.

Pelo lado das importações, ocorre o inverso: são compostas de itens industriais mais complexos como máquinas/elétricos (25%), produtos minerais (21%), químicos e relacionados (16%) e equipamentos de transporte (11%).