A AEPET-NS está em luta contra mais um desmando da gestão de Pedro Parente na Petrobrás, que o mandatário gostaria de rebatizar como Petrobrax: o sucateamento, para venda futura, da usina de biodiesel de Quixadá, no Ceará.
Considerada uma das melhores do país, com equipamentos de última geração, a usina é flexível quanto ao uso de matérias-primas. “Com a usina parada todos saem no prejuízo. Assim, quem vier a comprá-la sairá como herói: pode ser a Bunge, a Telles, o grupo Dias Branco, seja quem for. Põe-se o bode na sala e depois quem tira vira herói pois as coisas melhoram muito”, comenta Ricardo Pinheiro, presidente da AEPET-NS, signatária de carta denúncia encaminhada à OAB-CE, entre outras entidades.
Além da via judicial, a ideia é promover um evento em Fortaleza, com OAB-Ce, Aepets, Sindicatos, Governo do Estado e Crea, entre outros, para discutir a paralização da atividade (hibernação) da Usina de Quixadá, já direcionando soluções. “Oficialmente a Usina ficará hibernada por tempo indeterminado. Mas sabemos que isso não acontecerá, é apenas forçação de condição”, resume Pinheiro.
A Petrobrás sequer aceitou aceitou a recente proposta do Governo Estadual de continuar operando por um prazo de mais seis meses até que se encontre uma solução mais viável. “Do Rio Grande do Norte ao Pará, Quixadá é a única que produz biodiesel e com capacidade instalada inferior ainda às demandas deste mercado crescente, sobretudo com o aumento gradativo de até 10% de adição do B100 no Diesel de Petróleo até 2020. E estas pretensas operadoras vêm com a intenção apenas de lucro e pouco interesse em projetos sociais de inclusão dos menos empoderados para fornecimento de matéria prima”, disse o presidente da AEPET-NS.