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Economistas confirmam importância do pré-sal para a Petrobrás e para o Brasil

Data da publicação: 15/05/2015
Autor(es): Jornal do Brasil

Análise feita por economistas consultados pelo Jornal do Brasil confirma o alto valor estratégico do pré-sal. Para Fernando Sarti, diretor do Instituto de Economia da Unicamp, a Petrobrás tem condições de buscar recursos para seus investimentos sem precisar desinvestir no pré-sal. Para Sarti, “não há dúvida de que a Petrobrás deva manter sua participação em uma área estratégica como é a do pré-sal. No contexto atual, nenhuma mudança seria positiva”.

A matéria coloca abaixo os argumentos dos que querem modificar a legislação a pretexto de “ajudar a Petrobrás a fazer investimentos”. Evidencia também porque, na opinião do executivo-chefe da Shell, Ben van Beurden, o Brasil é “o país mais excitante do mundo”. A Shell acaba de realizar o maior negócio anunciado no mundo em 2015: a compra do BG Group pela Shell por US$ 70 bilhões, tem como pano de fundo o petróleo brasileiro. No comunicado ao mercado, a empresa anglo-holandesa afirmou que, após a aquisição, poderá saltar de uma produção de 52 mil barris/dia de petróleo para mais de 550 mil barris/dia.

Por sua vez, Guilherme Santos Mello, também professor da Unicamp, considera o Pré-sal uma questão estratégica não só para a estatal mas também para o país. “A Petrobrás pesquisou, descobriu e desenvolveu a tecnologia necessária para explorar esses poços, e agora possui reservas de alto rendimento em um setor muito arriscado, que é o do Gás e Petróleo”.

Já Cláudio Gontijo, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), avalia que “desfazer-se de ativos do pré-sal neste momento seria vendê-los por um valor abaixo do que realmente valem, por conta do contexto econômico. A médio prazo, o preço do barril do petróleo deve voltar a se valorizar e a empresa vai perder uma renda importante, além de recursos que poderiam ser revertidos em receitas fiscais para o Estado”.