A Petrobrás divulgou balanço de 2016, que registrou prejuízo de R$ 14,824 bilhões. No entanto, o presidente da AEPET, Felipe Coutinho, pondera que a demonstração contábil revelou uma pujante geração de riqueza, com fluxo de caixa livre de R$ 41,57 bilhões e geração de caixa (EBITDA) de R$ 88,7 bilhões. “Houve também significativa redução da dívida, da ordem de 20%”, sublinha. Coutinho disse ainda que o prejuízo contábil é resultado da reavaliação de ativos, “mais um capítulo da construção da ignorância sobre a Petrobrás”, conforme detalha em artigo o presidente da AEPET (clique aqui para ler). De acordo com Coutinho, a discutível prática contábil adotada pela Companhia contribui para a disputa da opinião pública em favor da privatização fatiada da estatal. Com o resultado, a Petrobrás não pagará participação nos lucros para seus funcionários sob a alegação de que metas operacionais não foram cumpridas, apesar dos sucessivos recordes de produção verificados ano passado. Já Pedro Parente disse ao mercado que seu objetivo é voltar a pagar dividendos aos acionistas, mas que, apesar da expressiva redução da dívida, seu foco ainda é reduzi-la, o que, para o atual gestor, significa vender ativos. Em 2016, a Petrobrás reduziu seu número de empregados em 12%, para 68.829 trabalhadores. Nos últimos anos, 13 mil pessoas deixaram a Companhia em programas de demissão voluntária (PDV) — outros 4 mil devem sair ainda como resultado desses programas.