Mesmo sem baixas contábeis, que ano passado inverteram um lucro da Petrobrás de R$ 15 bilhões para um falso prejuízo de R$ 34,8 bilhões, as maiores petroleiras do mundo (BP, Chevron, Exxon Mobil, Pemex, Royal Dutch Shell e Total) somaram prejuízo líquido de US$ 972 milhões no primeiro trimestre de 2016. No mesmo período do ano passado, houve lucro de US$ 10,57 bilhões.
O motivo desse desempenho é o mesmo para qualquer empresa do ramo, estatal ou privada: a queda dos preços do petróleo, declínio da atividade global e os encargos de dívidas contraídas com base nos preços anteriores. A Petrobrás, no entanto, não deve apresentar prejuízo, mas sim um lucro menor que o verificado nos três primeiros meses de 2015, segundo analistas.
De acordo com matéria do jornal Valor desta quinta-feira (5), os balanços do setor petróleo foram os piores nos Estados Unidos, fato que deve se repetir no Brasil. Segundo levantamento da consultoria Zacks Research, com os balanços divulgados até a última sexta-feira, o lucro das empresas de petróleo e energia, que engloba petrolíferas e fornecedoras do setor, recuou 96% até o momento.
“Durante o primeiro trimestre de 2016, o declínio da atividade global e a taxa de interrupção de atividade atingiu níveis sem precedentes, com a indústria exibindo sinais claros de operar em uma crise de dinheiro em grande escala”, diz o presidente da fornecessora Schumberger, Paal Digsgarrd, entrevistado na matéria do Valor.
FONTE: Valor