A Petrobrás divulgou, nesta terça-feira (12) ajustes no Plano de Negócios e Gestão 2015/19, aprovados pelo Conselho de Administração, que preveem uma diminuição nos investimentos totais de US$ 130,3 bilhões para US$ 98,4 bilhões, e consequente redução na expectativa de produção de 2,8 milhões de barris dia para 2,7 milhões bpd, em 2020.
Para o presidente da AEPET, Felipe Coutinho, o alongamento dos investimentos é compreensível, diante da recessão econômica e da redução da demanda interna. Também pela diminuição da atratividade da exportação do petróleo, com seus preços deprimidos internacionalmente.
“No entanto, é necessário ajustar os investimentos para garantir a segurança energética brasileira e para agregar valor ao petróleo, na produção dos combustíveis, fertilizantes e petroquímicos”, observa Coutinho.
Para a AEPET é incompreensível a manutenção do plano de privatização, com o objetivo de gerar resultado para o pagamento de dividendos no curto prazo. De acordo com Felipe Coutinho, desintegrar a companhia é submetê-la a riscos desnecessários, entregando mercado a seus competidores e comprometendo o fluxo de caixa futuro.
Também é necessário fortalecer a presença da companhia na produção dos biocombustíveis e das energias renováveis.
“A Petrobrás está se atrofiando, de uma companhia integrada de energia numa produtora de petróleo cru, na contramão da urgência pela transição energética e de costas para os desafios do clima”, finaliza Coutinho.