Em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã da última quinta-feira (6), Pedro Parente confirmou que a Petrobrás irá mesmo abandonar o projeto de construção da plataforma P-71, destruindo, assim, cerca de 2,8 mil empregos diretos no Polo Naval de Rio Grande. Para Parente, “não faria o menor sentido contratarmos uma plataforma para a qual não temos uso”. As declarações repercutiram entre lideranças da região e devem servir para fortalecer ainda mais as mobilizações, que têm se intensificado nos últimos meses. Esperava-se que a região se transformasse em um dos polos navais mais modernos do Brasil a partir da implementação das políticas de conteúdo local, alavancadas pela instalação do maior dique seco do Hemisfério Sul. No entanto, tais políticas estão sendo destruídas pela Petrobrás. Segundo o jornal Diário Popular, a manifestação da última quinta-feira “quebrou um silêncio que a Petrobrás sustentava há meses e coloca fogo no processo de mobilização, não só pelo cumprimento dos contratos já negociados, como pela garantia de que a União ainda apostará na indústria naval como instrumento para fomentar a economia brasileira e competir no mercado internacional”.
FONTE: Diário Popular