A Petrobrás desmentiu, nesta quinta-feira, notícia veiculada pelo jornal Valor Econômico de que o plano de desinvestimento que será realizado até 2016 contemple ativos do pré-sal. No comunicado, a empresa reafirma a intenção de obter US$ 13,7 bilhões com a venda de ativos.
A AEPET se posiciona contra o plano de desinvestimento, mesmo que dele se exclua ativos do pré-sal. Diretor da Associação e representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás, Silvio Sinedino , afirma que a fragilidade financeira da empresa no momento é muito mais em função da política de preços de combustíveis praticado pelo governo do que em função da operação Lava Jato.
Segundo Sinedino, tal politica significou uma sangria de quase R$ 60 bilhões nos últimos 3 anos. Para ele, o Tesouro Nacional deveria ressarcir a Petrobrás.
“Tratava-se de uma política de governo e não da empresa. Ao invés de desinvestimento a nova diretoria deveria era exigir do governo a devolução do valor que a Petrobrás bancou ao vender combustível a preço inferior ao da compra”, falou Sinedino.
Na próxima quarta-feira (22), Sinedino participará de sua última reunião no CA, quando será apresentado o balanço contábil auditado referente a 2014. Na Assembleia Geral Ordinária de 27 de abril, David Bacelar assume como conselheiro representante dos trabalhadores.