O cenário está se configurando dramático para a Petrobrás, maior empresa do país, exigindo dos brasileiros uma resposta à altura do angustiante momento. A ação da Companhia atingiu no início da semana seu menor valor em nove anos e a queda do preço do petróleo vem se somar ao quadro de graves incertezas, afinal esta depreciação interessa a quem quer atingir, de uma só tacada, a Rússia, o Irã, a Venezuela e o pré-sal. Além disso, a Petrobrás está sendo processada nos EUA por dano a acionistas, algo que só se tornou viável após autorização do governo FHC para negociação dos papéis da empresa na bolsa de Nova Iorque. As acusações vão de suborno e lavagem de dinheiro até divulgação de informações falsas.
Em artigo publicado no site La Jornada, o mexicano José Antonio Rojas Nieto adverte que a retomada dos preços depende do desempenho das economias de China e Índia, algo cada vez mais distante do horizonte de médio prazo. Nieto, no entanto, não crê que as cotações se mantenham baixas por décadas, como já opinaram analistas do “mercado”. Cabe, então, à Petrobrás e, em última instância, ao País, aproveitar o momento para ir fundo na apuração de todas as denúncias de corrupção para que, na hora da alta, estejamos aptos a reingressar no caminho do desenvolvimento soberano.
Nesse contexto, indicamos a leitura da entrevista concedida pelo vice-presidente da AEPET, Fernando Siqueira, ao site Correio da Cidadania sobre a necessária estratégia de defesa da Petrobrás.