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Quem mais sofre com o preço do petróleo: o xisto americano ou o pré-sal da Petrobrás?

Data da publicação: 06/01/2015
Autor(es): Alex Prado

O alarmismo daqueles que torcem contra a Petrobrás, especialmente pelo sucesso da companhia como operadora única do pré-sal, é agora movido pela cotação em queda do preço do petróleo. Segundo o Plano de Negócios e Gestão 2014/18, aponta US$ 45 por barril, o preço mínimo para viabilizar a exploração, cálculo que leva em conta uma vazão de poços entre 15 e 25 mil barris por dia. Atualmente estamos produzindo no pré-sal a uma vazão média de 20 mil bpd. Alguns poços do polo pré-sal da Bacia de Santos têm alcançado vazão superior a 30 mil barris de petróleo por dia.

Quem realmente está preocupado com os baixos preços do petróleo são as grandes perfuradoras da camada de xisto dos EUA, como a Pioneer Natural Resources, a Continental e a Chesapeak Energy, já que o fraturamento hidráulico só é rentável com o barril a US$ 80,00.

A gigante Halliburton, maior fornecedora de serviços na área, demitiu mais de mil funcionários, em dezembro passado.

Segundo os analistas de mercado, os preços devem se manter no atual patamar por ao menos três meses, o que pode abalar os planos dos EUA em conseguir a autossuficiência com a exploração do xisto.