No momento em que a Petrobrás informou oficialmente a aprovação, pelo Conselho de Administração, a assinatura do contrato para venda da Liquigás Distribuidora para a Companhia Ultragaz, subsidiária da Ultrapar Participações, é anunciado seminário “Mercado de GLP no Brasil”, nos dias 24 e 25 de novembro, no Rio, com a presença do ministro das Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho e do presidente da Petrobrás, Pedro Parente.
“A venda da Liquigás é uma operação absurda, prejudicial à Petrobrás, ao país, aos consumidores. Retira a Petrobrás da distribuição de GLP. Aumenta a concentração no mercado de GLP, ensejando a elevação dos preços, com prejuízos para os consumidores e fortalecimento do oligopólio no setor”, critica o ex-deputado federal Ricardo Maranhão, que é conselheiro da AEPET.
Maranhão acrescenta que a operação ameaça milhares de revendedores, pequenos e médios empresários brasileiros aos quais a constituição determina seja dado tratamento preferencial (CF, artigo 170, inciso IX).”Há, ainda, fortes indícios de conflito de interesses, face às ligações dos membros da direção da PETROBRÁS com os grupos ULTRAPAR (que controla a ULTRAGAZ) e ITAú (sócio da ULTRAPAR)”, resume o ex-deputado.