Notícia

Reajuste de preços traz alívio à Petrobrás

Data da publicação: 30/09/2015
Autor(es): Alex Prado

O reajuste nos preços da gasolina (6%) e do diesel (4%), anunciado pela Petrobrás, na noite desta terça-feira (29), fez o preço das ações da empresa subirem quase 10%. Segundo analistas, a atitude pode ser vista como sinal de independência da Petrobrás diante da política econômica do governo. Afinal, até dezembro do ano passado, o represamento dos preços dos combustíveis era uma das armas do governo para conter a inflação. Entretanto, com reflexos nefastos sobre o caixa da empresa. Estimativas calculam o prejuízo da Petrobrás em US$ 60 bilhões, durante o controle de preços. A AEPET sempre se posicionou contra esta clara interferência na saúde financeira da empresa.

Silvio Sinedino, ex-presidente e atual diretor da Associação sempre se opôs a este tipo de política, inclusive nas reuniões do Conselho de Administração (CA) da Petrobrás, quando era representante eleito dos trabalhadores.

“Consta das atas das reuniões do CA minha posição e da AEPET contra o controle de preços feito com o caixa da Petrobrás. O governo até pode ter esta política, mas que ela seja sustentada com recursos do Tesouro Nacional. Obrigar a Petrobrás a vender os combustíveis a um preço menor do que ela pagava, minou a capacidade financeira da empresa, o que ficou mais evidente após o escândalo da Operação Lava Jato”, relatou Sinedino.