Notícia

Temer e Parente promovem ‘apagão industrial’ com redução da Petrobrás

Data da publicação: 17/04/2017
Autor(es): FUP

Para a Federação única dos Petroleiros (FUP), o processo de desinvestimento e privatizações, com a venda de ativos da Petrobrás e campos do pre-sal a estrangeiros, promovido pelo governo Michel Temer e por Pedro Parente, atual presidente da Petrobrás, pode acarretar em desindustrialização para o Brasil. Os petroleiros consideram ainda a hipótese de corrupção, dados os baixos preços em que estão sendo vendidos os campos de petróleo e os bens da empresa. Segundo o diretor de Relações Internacionais e de Movimentos Sociais da FUP, João Antônio de Moraes, “a Petrobrás e o petróleo do pré-sal são absolutamente imprescindíveis para qualquer projeto de desenvolvimento no país”. Em entrevista para a Rádio Brasil Atual nesta quarta-feira (12), ele afirma que os ativos da empresa estão sendo vendidos no mercado internacional a menos de 10% do valor real. Ele lembra que Pedro Parente, então ministro da Casa Civil de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ficou conhecido como o “ministro do apagão”. Agora, quer promover outro apagão, desta vez em todo o setor industrial brasileiro, dada a importância da estatal. “Estão entregando tudo e destruindo a possibilidade de futuro para o povo brasileiro. Eles têm implementado um programa arrojado de entrega dos bens do povo brasileiro. Certamente, está havendo muita corrupção por trás dessas privatizações implementadas por Parente”, diz o dirigente. Segundo ele, só a corrupção justifica os preços praticados no processo de privatização. “Só isso explica a entrega do campo de Carcará, por exemplo. Com o barril de petróleo a quase 60 dólares, foi entregue a dois dólares. Mais recentemente, no campo de Iara, novamente adotam mesmo procedimento. O complexo petroquímico de Suape, onde a Petrobrás já investiu mais de R$ 12 bilhões, eles vendem por menos de $ 1 bilhão.” Ele explica que esse processo de enxugamento da estatal afeta a industrialização brasileira, porque as empresas estrangeiras que compraram os bens vendidos pela Petrobrás não adquirem no Brasil insumos industriais – sondas, máquinas e equipamentos. Também abrem mão da utilização da mão de obra especializada nacional. “Trazem tudo de fora. Significa que voltamos a exportar empregos, a exportar bens naturais, em detrimento da industrialização brasileira.”

Rede Brasil Atual e FUP