“Esta notícia mostra as trapalhadas que envolvem as quatro maiores empresas de auditoria do mundo, todas americanas, conhecidas como ‘big four’.”
O comentário é do conselheiro da AEPET, Ricardo Maranhão, sobre nota publicada no Relatório Reservado, edição Nº 5592, de 04.04.2017. Maranhão, que foi deputado federal, pondera que a PWC foi auditora do Sistema Petrobrás por mais de três anos e “não viu” os desacertos da Lava Jato, “mas abençoou os sucessivos ‘impairments’ que desvalorizaram os ativos do Sistema em mais de R$ 100 bilhões”.
O conselheiro da AEPET cita também nota de O Globo, publicada no último dia 01/04, que informa sobre o afastamento da PWC da recuperação judicial da Oi.
Leia a seguir a íntegra das duas publicações citadas
The winner isn’t PwC
Enfim, uma boa notícia para a PwC. O Oscar de auditora mais multada pela CVM vai para a Deloitte, na categoria valor, e a KPMG, na categoria número deprocessos. Mesmo com a lambança na cerimônia de premiação pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas norte-americana, quando trocou o nome do principal laureado, e da associação do seu nome aos dois maiores escân-dalos de corrupção do país – a firma foi auditora da Odebrecht e da Petrobrás –, a PwC escapou desse Oscar às avessas. O RR fez uma pesquisa no site da CVM no último dia 28 – como se sabe, a lista dos processos é permanentemente atualizada – e varreu asmultas das empresas de auditoria desde 1999. As big four lideram o pelotão de infrações.
A E&Y é quem sai menos machucada, com apenas uma multa, no valor de R$ 65 mil. A PwC vem logo após, como a auditora menos punida, com seis multas, no total de R$ 27,8 milhões. A KPMG perde o prêmio máximo do Oscar reverso, referente ao valor das multas (R$ 8,6 milhões), mas ganha um honroso primeiro lugar no número de processos, com 16 citações. The winner is Deloitte, com 12 processos eR$ 85,2 milhões em multas. As inscrições para o Oscar reverso de 2018 estão abertas desde já. No próximo ano, o RR confere.
JUSTIÇA DO RIO AFASTA A PWC DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL DA OI
Para Juiz auditoria teve “erros inaceitáveis”.
Processo deve atrasar. Matéria de Bruno Rosa.
Juiz da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro – FERNANDO VIANA decidiu destituir a PWC no processo de Recuperação Judicial da OI. A PWC era a Administradora Judicial da OI com dívidas de R$ 65,00 Bilhões. Duras críticas do Juiz:
“O grau de zelo e dedicação ficou muito aquém das expectativas, com erros inaceitáveis, deixando credores de fora da lista, incluindo credores que lá não deveriam estar, duplicando créditos que aumentaram a dívida em mais de R$ 2 Bilhões”.
No lugar da PWC foi nomeada BDO. A PWC também é credora da OI.
FONTE: Relatório Reservado e O Globo