A imprensa divulgou que a Petrobrás está estudando a união do Comperj com as refinarias de Duque de Caxias (Reduc) e Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, para garantir a conclusão das obras do Comperj, que garantiria uma capacidade de refino de 560 mil barris diários de petróleo, quase 27% da capacidade instalada no país. A união das refinarias teria como desdobramento a participação de um sócio privado, que ficaria responsável pelos investimentos restantes na obra, que já tem 84% concluídos.
O vice-presidente da AEPET, Fernando Siqueira, é contrário à ideia. Para Siqueira, “é um crime” interromper as obras e um risco admitir um sócio privado, que não tem a visão social e estratégica da Petrobrás. “Paralisar uma obra em andamento faz com que os custos se elevem de forma exponencial, pois há que se garantir a manutenção das áreas já construídas, dos equipamentos, etc.”, observa o vice-presidente da AEPET.
Outro ponto destacado por Siqueira é a desmobilização seguida de nova mobilização de empresas e equipamentos para a retomada da construção.
“Talvez não faça diferença para a Petrobrás juntar as três refinarias. Se for para a retomada do Comperj, menos mal. Mas a colocação de um sócio privado é algo bastante delicado. Teria de ser feita uma licitação e estabelecer uma justa remuneração para ambas as partes”, pondera Siqueira, sublinhando que o fundamental neste caso é a retomada das obras do Comperj até a sua conclusão. “Até porque o parque de refino atual já não tem capacidade para atender à nossa auto-suficiência”, resume.