A queda das cotações do barril de petróleo, cujo preço já encolheu 25% este ano, afetou muito os preços dos derivados nos Estados Unidos. Na última terça-feira, a gasolina fechou a US$ 2,13 por galão; o diesel baixo enxofre, a US$ 2,45 por galão. Isso significa um preço da gasolina de R$ 1,34 por litro e um preço do diesel de R$ 1,54 por litro. Dessa forma, os preços estão 1% inferiores ao valores de realização da Petrobrás para a gasolina e diesel que são, respectivamente, R$ 1,363 e R$ 1,617 por litro.
Diante do fato, o jornal O Globo publicou matéria na qual o advogado Cláudio Pinho, citado no texto como especialista em petróleo e gás, afirma que o petróleo em baixa afeta investimento da Petrobrás. O plano de negócios da Petrobrás 2014-2018 prevê o Brent em US$ 105 neste ano, caindo para US$ 100 até 2017 e para US$ 95 entre 2018 e 2030. “Uma cotação do petróleo abaixo de US$ 80 significa investir com prejuízo”, sentenciou.
No entanto, o consultor legislativo da Câmara dos Deputados, Paulo César Ribeiro Lima, garante que, mesmo com os rumores de que a Arábia Saudita (e talvez outros países) teriam como alvo um preço do petróleo entre US$ 70 e US$ 80 por barril, a produção do pré-sal não seria inviabilizada. Segundo Lima, o custo médio de extração da Petrobrás tem sido da ordem de apenas US$ 15 por barril.