O Certificado da American Bureau Of Shipping (ABS), acima retratado, põe fim à discussão causada pela ideia equivocada divulgada na mídia de que o petroleiro João Cândido não estaria apto a navegar a longas distâncias da costa, já que trajeto até o Estreito de Magalhães, no Chile, foi taxado de “navegação costeira”.
Segundo uma fonte da Transpetro, demonstra grande desconhecimento náutico dizer que a viagem para o Chile, pelo Estreito de Magalhães, é comparável à navegação costeira. “Trata-se do ponto mais ao Sul que pode ser contornado por quem navega pelo mar, por isso também se diz que a passagem de um navio por essa área é a navegação pelo fim do mundo.”
Em 1520 tem início a história da navegação pelo Estreito, quando a expedição de Magalhães finalmente descobre a passagem para o Pacífico. Entre 1520 e 1540, os espanhóis realizaram cinco expedições ao Estreito de Magalhães. Estas cinco expedições envolveram 17 navios, dos quais apenas oito foram capazes de navegá-lo em sua totalidade. Os outros navios naufragaram, desertaram ou foram repelidos em direção ao Atlântico pelos ventos SW permanentemente soprando em sua barra oriental. Isso serviu para espalhar a fama de como era perigoso para navegar.
“A passagem pelo Estreito de Magalhães faz parte do imaginário de todo navegador, juntamente com o Cabo da Boa Esperança, o Cabo Horn e as regiões polares. É um desses locais que ficaram marcados na história, pelo sacrifício e dedicação dos navegadores que se empenharam em alcançá-los e navegar além.”
Vale destacar que, nos EUA, os navios mercantes são considerados um apêndice da Marinha de Guerra. A legislação determina que devem ser projetados, construídos, operados e mantidos por norte-americanos.