Enquanto aqueles que querem afastar a Petrobrás como operadora única do pré-sal, como o jornal O Globo e o senador José Serra – que apresentou projeto de lei neste sentido -, a empresa dá claros sinais de que inicia sua recuperação, após o abalo em sua credibilidade, resultado das investigações da operação Lava Jato. Em menos de três meses, o valor das ações já subiram mais de 50%. E recentes operações bancárias anunciadas garantem as necessidades de financiamento para este ano.
No início de abril, a Petrobrás assinou com o Banco de Desenvolvimento da China contrato de financiamento de US$ 3,5 bilhões. E, na última sexta-feira (17), em comunicado relevante ao mercado, a empresa confirmou que obteve financiamento com o Banco do Brasil, no valor de R$ 4,5 bilhões, na modalidade de nota de crédito à exportação, através da subsidiária Petrobrás Distribuidora, pelo prazo de seis anos. Com a Caixa Econômica Federal foi assinado um limite de financiamento pré-aprovado” (standby) no valor de R$ 2 bilhões e prazo de até cinco anos; e mesmo modalidade com o Bradesco, no valor de R$ 3 bilhões e prazo de até cinco anos. Além disto, a Petrobrás assinou acordo de Cooperação (Cooperation Agreement) com o banco Standard Chartered, para uma operação de “Venda com Arrendamento e Opção de Re-compra” (sale and leaseback) de plataformas de produção, no valor de até US$ 3 bilhões e prazo de 10 anos.