Através de nota, o Movimento em Defesa da Economia Nacional (Modecon) cobra a verdade sobre o trágico acidente que matou o juiz Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal e relator da Lava Jato.
Leia a seguir a íntegra do documento, assinado pelo presidente do Modecon, Lincoln de Abreu Penna.
Dos muitos direitos da cidadania um dos mais importantes é o direito à verdade. Nos regimes fechados nos quais a democracia está ausente o acesso à informação e a apuração de fatos controversos ou suspeitos simplesmente não existem.
A razão para invocar esse direito decorre do trágico acidente que vitimou mortalmente cinco pessoas, dentre os quais o ministro do STF Teori Zavascki, poucos dias antes da decisão que presumivelmente daria sobre as delações premiadas de diretores da Odebrecht.
Sem cair na tentação da teoria da conspiração não há como deixar de manifestar um profundo mal estar diante do acidente e considerá-lo uma mera fatalidade. Apurar tudo, desde a viagem à cidade histórica fluminense para um suposto passeio, até a imperícia de um piloto tão experiente ou ainda uma eventual falha da aeronave são deveres das autoridades junto ao povo.
Por maior que seja a evidência de modo a caracterizar o fato como uma fatalidade, um rigoroso processo de investigação deve ser verdadeiramente instaurado para que todos tenham a certeza de que o ocorrido foi de fato uma triste e lamentável fatalidade, que não só ceifou a vida de cinco cidadãos, mas causou um desconforto na democracia brasileira sistematicamente envolta com situações pouco esclarecedoras.
Pelo direito à verdade, eis a palavra de ordem da cidadania.