Acreditar
Acreditar em quem? Esta é a pergunta que aposentados e pensionistas estão fazendo a todo momento, visto que a mídia, diariamente, lança nomes de autoridades, políticos, empresários, lobistas, etc, envolvidos em operações fraudulentas com recursos públicos. A sociedade brasileira fica estarrecida com o noticiário das manobras ilícitas que são perpetradas no favorecimento de pessoas que deveriam promover o bem estar da população. No entanto, o que se vê é a falta de caráter, pudor, escrúpulo, probidade e senso de responsabilidade. Não é admissível que as ditas “altas autoridades” estejam praticando ações levianas e impróprias maculando a confiança do eleitor cidadão.
Temor
Os aposentados e pensionistas não entendem quais os interesses que estão por trás da mudança ocorrida no governo interino, pertinente à Previdência Social, passando o controle total para o Ministério da Fazenda. O temor é evidente. Não houve qualquer explicação para se efetivar mudança tão repentina. Vale salientar que todas as alterações anteriores não foram benéficas ao segurado contribuinte. Ademais, as entidades que entendem do pleno funcionamento do Sistema Previdenciário Brasileiro, não foram incluídas para o debate. Haverá receio ou medo para se desvendar as maldades que são praticadas contra os segurados e contribuintes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)?
Rentabilidade
Esta é uma excelente notícia para os mantenedores-beneficiários da Petros: “Rentabilidade supera meta atuarial no 1º trimestre 2016. As mudanças estratégicas realizadas pela Diretoria na carteira de investimentos da Petros, aumentando a participação em renda fixa para se adequar ao atual cenário econômico já começaram a dar resultados. De janeiro a março de 2016 o Plano Petros do Sistema Petrobrás (PPSP) registrou ganhos de 10,34% com renda fixa, bem superior ao referencial de mercado – o CDI, cujo acumulado no primeiro trimestre foi de 3,25%. Com isso, a rentabilidade do PPSP chegou a 5,50%, superando a meta atuarial do período (4,05%)”.
Previdência
Os recursos financeiros arrecadados para a Previdência Social sempre foram o alvo para desvio de finalidade e aplicação em outros programas governamentais. Destaca-se a construção de Brasília, ponte Rio-Niterói, rodovia Belém/Brasília, superávit primário e tantas outras despesas de instituições do governo. Tais valores foram transferidos e gastos, sem que houvesse a preocupação de se proceder a respectiva devolução aos cofres do Sistema Previdenciário. As retiradas indevidas ainda permanecem, agora, da nossa conta Seguridade Social. É um procedimento irregular que precisa, urgentemente, ser corrigido. Somente passar a Previdência Social para o controle da Fazenda não resolve a questão.
Participação
O governo interino não pode nem deve prescindir da participação e presença da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (COBAP), da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), da Fundação ANFIP e Movimento dos Servidores Públicos e Aposentados (MOSAP), nas reuniões que se discutirá as questões do Sistema Previdenciário Brasileiro, com a pretensão de se fazer uma reforma na Previdência Social. Desprezar a colaboração dessas entidades é cometer um erro gravíssimo e causar irreparáveis e inconcebíveis prejuízos aos criadores, construtores e mantenedores do Sistema que se destaca como a maior receita de recursos financeiros da União. Não se permita mais um malfeito.
Seguridade
A Seguridade Social consagrada na Constituição Federal, permite que todos os segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), vinculados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sejam reajustados com o mesmo índice percentual aplicado ao salário-mínimo. Garantimos que pelos registros contábeis do Sistema de Administração Financeira (SIAFI) do Governo Federal, divulgados pela ANFIP e Fundação ANFIP, os recursos financeiros arrecadados, sem a transferência de valores para outros fins, garantem a correção das aposentadorias e pensões dos que percebem proventos acima do salário-mínimo. Que os novos dirigentes da política econômica/financeira não sigam o mesmo caminho e procedimento de seus antecessores. Igualdade imediata!
Indignação
Os aposentados e pensionistas egressos da Petróleo Brasileiro S/A – Petrobrás, assim como os empregados da ativa, permanecem indignados com as ocorrências de corrupção praticadas na empresa que representa o patrimônio do povo brasileiro. Estão ainda mais abismados pela anuência de governantes que permitiram a presença de um certo indivíduo chamado de Sérgio Machado a permanecer, durante uma década ou mais, dirigindo e promovendo as mais absurdas práticas de improbidade, em órgão de importância vital de gestão administrativa e operacional. A operação Lava-Jato é a esperança de todos para ver a Petrobrás passada a limpo, com sergios, paulos, cerverós, zeladas, renatos, baruscos e tantos outros, punidos exemplarmente.
Orçamento
A conta Seguridade Social no período de 2012 a 2014, obteve um saldo superavitário de R$208,3 bilhões (duzentos e oito bilhões e trezentos milhões de reais). Valor suficiente para cobrir as necessidades governamentais de R$170,5 bilhões e ainda sobrar quantia significativa para aplicação em outras operações. Esta é mais uma observação que se faz para mostrar que impropriedades se praticam com recursos financeiros destinados, exclusivamente, para pagar as despesas com saúde, assistência social e previdência social. Sugere-se, portanto, ao Ministro Henrique Meireles, se inteirar dos recursos disponibilizados no Orçamento da Seguridade Social.
Tempo
“Quem fala que não reza por falta de tempo, o que lhe falta não é tempo, o que lhe falta é amor” (São João Paulo II).