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Ato em defesa da engenharia e da empresa genuinamente nacional: discurso do presidente do CREA-RJ Agostinho Guerreiro

Data da publicação: 05/08/2010

A seguir segue o discurso do presidente do CREA-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura no Estado do Rio de Janeiro), Agostinho Guerreiro, no “Ato em Defesa da Engenharia e da Empresa Genuinamente Nacional”, que homenageou o diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, Guilherme Estrella. O evento foi realizado no Clube de Engenharia, no dia 03/08/10, no Centro do Rio de Janeiro.

Agostinho Guerreiro:

Muito boa noite a todas e a todos.

Gostaria de cumprimentar Francis, que é o ilustre presidente dessa casa, um dos mais expressivos presidentes que esta casa já teve, um dos mais ativos, um dos defensores permanentes das causas que importam ao nosso estado e ao nosso país.

Roldão, que está nesse momento representando a AEPET, meu muito boa noite. Essa AEPET de tantas lutas, tem propiciado na área da defesa do nosso petróleo, da nossa Petrobrás, da qual muitas delas temos tido a satisfação de participar.

Para mim, o que tinha que ser dito, está dito. Esse manifesto [lido por Fernando Siqueira] é um resumo fundamental da razão da nossa presença aqui.

Eu só queria fazer alguns comentários que é da alegria de poder estar aqui compartilhando da responsabilidade de lançamento dessa campanha e a alegria de poder nesse mesmo evento podermos homenagear um homem como o Guilherme Estrella, que é para nós profissionais uma imensa satisfação sabermos que ele está na Petrobrás, permanece na Petrobrás, porque ele nos dá segurança de que essa Empresa pode continuar trilhando os caminhos corretos que a trouxe até aqui.

Gostaria de lembrar que o nosso País, no passado, já foi a oitava economia do mundo. E como se diz atualmente se preparava para ser a sétima, a sexta e a quinta, mas deixou passar o bonde da história.

Poderíamos fazer uma análise longa, prolongada, mas após as palavras emanadas da leitura do Fernando Siqueira, nosso presidente da AEPET, fica muito claro que foi a lassidão econômica, a irresponsabilidade para com o desenvolvimento autônomo desse País, a falta de compromissos com o povo brasileiro, e portanto com a nossa tecnologia, com a empresa genuinamente brasileira, com a empresa nacional forte, que levou-nos.

Estamos novamente numa fase de expansão de crescimento, depois de décadas falidas, perdidas, como foi as décadas de 1980 e 1990, finalmente no início desse século com novas perspectivas, com uma visão firme e determinada de apostar no desenvolvimento brasileiro. Estamos vendo diversos segmentos de nossa indústria conhecer a própria indústria da área de petróleo, energia, os navios que ninguém imaginava há dez, quinze anos atrás, que seríamos capazes de termos sequer a determinação de avançarmos por esse caminho, já estamos vendo os resultados.

Então, as taxas de crescimento que estamos crescendo se coloca novamente o desafio de caminharmos para sermos a sétima, a sexta, a quinta, eventualmente, economia mundial, potência mundial. Mas dessa vez não podemos errar, como erramos. E esse erro, para ser evitado, grande parte do movimento que precisa ser feito está em nossas mãos.

É por isso que eu sinto orgulho de estar aqui nesta casa que também presidi no passado ao lado do companheiro Francis Bogossian, que já jamais se rendeu às pressões transnacionais que assolou grande parte do empresariado e das empresas nacionais. Bogossian faz, como empresário que é, dessa casa um símbolo de luta pela empresa nacional.

Obrigado Francis!

Esse manifesto será nossa fonte de inspiração e nosso guia. Estamos juntos.

O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA-RJ) está de mãos dadas com a AEPET, com o Clube de Engenharia e com todas as entidades na condução dessa luta.

Muito obrigado e muito boa noite.