O vice-presidente da AEPET, Fernando Siqueira, esteve reunido nesta sexta-feira (21) com o novo ouvidor da Petrobrás, Ricardo Ianda, para conhecê-lo e aproveitar para reiterar solicitação de entrevista ao presidente da Petrobrás com representantes da AEPET. “Levamos ao ouvidor uma carta contendo sugestões da AEPET para o presidente da Petrobrás, escrita em março de 2015, que também solicitava audiência para discutir seus pontos principais, mas a audiência ainda não foi concedida”.
Durante mais de uma hora de reunião, a AEPET frisou que jamais pleiteou fazer co-gestão com a direção da Petrobrás, mas sempre levar as sugestões e a experiência do corpo técnico para subsidiar a diretoria. “Discorremos sobre algumas ações da AEPET em defesa da Companhia e do seu corpo técnico, inclusive no Congresso Nacional; falamos sobre nossa preocupação com a venda de ativos em um momento em que estes estão desvalorizados pela baixa, ao nosso ver temporária, do preço do petróleo.”
Siqueira frisou que a venda de ativos estratégicos, como campos do pré-sal, não é recomendável no seu entender, muito menos no momento em que esses ativos estão desvalorizados pela baixa do petróleo. “Lembramos ao ouvidor que a Petrobrás é uma empresa de enorme importância estratégica para o País, gerando: tecnologia, empregos e incentivo à indústria nacional. Portanto, não pode ficar restrita a uma visão puramente financista, com pensamento voltado apenas para o lucro dos acionistas”, disse.
O vice-presidente da AEPET, lembrando ainda que enquanto a diretoria da Petrobrás respeitou a opinião do corpo técnico, a empresa funcionou muito bem. “A partir do momento em que as decisões passaram a vir de cima para baixo – hierarquizadas – a empresa ficou mais vulnerável aos desvios indesejáveis”, finalizou.