A Petrobrás vendeu, ainda, participação de 22,5% nos campos do Pré-Sal de Sururu, Berbigão e Oeste de Atapu, resultantes do esfacelemento ilegal de Iara (mesmo bloco do campo de Lula: BM-S-11) promovido no governo Dilma. Pelo menos nesses campos, a Petrobrás continuará como operadora.
A Petrobrás vendeu também 50% de participação na Termobahia, incluindo as termelétricas Rômulo de Almeida e Celso Furtado, que estão interligadas ao terminal de regaseificação, ao qual a Total terá acesso para suprir essas termelétricas. Em compensação, a Petrobrás terá, além de míseros US$ 2,225 bilhões, outros “extraordinários ativos”: opção de aquisição de 20% de participação no bloco 2 da área de Perdido Foldbelt, no setor mexicano do Golfo do México, assumindo apenas as obrigações futuras proporcionais à sua participação; carta de intenção para estudos exploratórios conjuntos nas áreas exploratórias da Margem Equatorial e na Bacia de Santos; e acordo de parceria tecnológica nas áreas de petrofísica digital, processamento geológico e sistemas de produção submarinos.Parece que a Total mostra grande visão estratégica, enquanto a Petrobrás mostra grande ausência dela. O mais triste é a falta de transparência nos negócios da Petrobrás, agora com o nome bonito de Acordo Geral de Colaboração (Master Agreement).
Para o vice-presidente da AEPET, Fernando Siqueira, trata-se de mais uma dilapidação do patrimônio da Petrobrás e do País. Segundo ele, Pedro Parente “vendeu” para Total esse percentual do campo de Lapa e 22,5% do campo de Iara e recebeu US$ 1,6 bilhão. Iara tem uma reserva estimada de 4 bilhões de barris. Portanto 22,5% representam 900 milhões de barris.Os sistemas já estão instalados e produzindo. Portanto, considerando que o custo de extração está na faixa de US$ 7 por barril e somados os impostos e royalties, Lapa sozinho paga a conta. Iara sai de graça.
FONTE: Tijolaço