O grupo que tomou o governo está cumprindo o que prometeu à Chevron. Primeiro retiraram o direito da Petrobrás de liderar a produção do pré-sal na condição de operadora única. Depois renovaram o Repetro para prorrogar os subsídios às importações das multinacionais do petróleo. Agora acabaram com o Conteúdo Local e pretendem acelerar os leilões que resultarão na exportação de petróleo por multinacionais estrangeiras.
A avaliação é do presidente da AEPET, Felipe Coutinho, citando matéria veiculada no site wikileaks (clique aqui para ler), ao comentar a fala do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, que na última terça-feira (7), em Houston, apresentou um cenário mais do que favorável aoslíderes internacionais da indústria de energia, ao abordar os conceitos a serem adotados nos próximos leilões de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil.
“Nenhum país se desenvolveu exportando petróleo por multinacionais estrangeiras. O Brasil não será o primeiro”, reitera Coutinho. “Estamos entrando em novo ciclo do tipo colonial, por meio de uma minoria medíocre e corrupta que está pilhando o patrimônio público a toque de caixa”, acrescenta o presidente da AEPET.
Já o diretor da ANP considera que, com os quatro leilões de 2017 e a aprovação de um calendário para as próximas licitações, “o Brasil voltará a ser um dos principais polos de exploração no mundo”.
Segundo a agência, somente para este ano, estão previstas quatro leilões: uma para áreas com acumulações marginais, a 14a. Rodada de blocos exploratórios, no modelo de concessão, da era FHC, além de duas rodadas de áreas localizadas no pré-sal. A rodada de áreas com acumulações marginais será em maio.
A Segunda Rodada do Pré-Sal, que vai ofertar áreas para unitização, está prevista para meados do ano, enquanto a 14a. e a Terceira do Pré-Sal serão no segundo semestre.