A Bloomberg publicou matéria informando que a presidenta do Chile, Michelle Bachelet propôs mudanças na mais radical das reformas econômicas adotadas pelo ditador Pinochet: o sistema de previdência privada. Depois de uma onda de protestos, quando mais de 100 mil pessoas foram às ruas, Bachelet anunciou que, pela primeira vez, as empresas terão que contribuir para o sistema.
Implantado em 1981, criado por economistas da Escola de Chicago, o sistema chileno fracassou num aspecto de vital importância: ele paga pensões muito baixas. Chilenos estão recebendo aposentadoria média equivalente a 38% da sua renda final, a menor taxa entre os 35 países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Quando foi criado, os fundadores sinalizaram que esta taxa seria próxima de 70%.
Para Ronaldo Tedesco, presidente do Conselho Fiscal da Petros e diretor da AEPET, a instituição de planos de modalidade CD – contribuição definida – joga todo o risco para os participantes.
“Esta é a principal preocupação dos participantes destes planos. A realidade está comprovando que o abandono da previdência pública e dos planos de tipo Benefício Definido (BD) não obedece mais do que a lógica do favorecimento do capital e a precarização de direitos dos trabalhadores”, finalizou Tedesco.
FONTE: Bloomberg