Notícia

Defesa do pré-sal cada vez mais necessária

Data da publicação: 10/04/2015
Autor(es): Rogerio Lessa

A despeito da recuperação na cotação das ações desde a assinatura do primeiro financiamento do Banco de Desenvolvimento da China, é crescente a apreensão em relação aos rumos que serão tomados pela Companhia, cujo principal acionista se encontra sob pressão máxima e, aparentemente, sem poder de reação.

Enquanto no Senado o velho conhecido (pelo apreço às privatizações) José Serra (PSDB-SP) apresenta projeto de lei acabando com o regime de partilha, na última quarta-feira (8), o próprio ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defendeu abertamente a rediscussão e o “aprimoramento” de duas das principais políticas aplicadas pelo governo no setor de petróleo nos últimos anos: o monopólio da Petrobrás na operação dos campos do pré-sal e a lei que exige a produção no país de parte dos equipamentos usados na exploração de óleo e gás.

“Eu acho que o regime de partilha precisa ser revisitado, com a lógica de que a Petrobrás seja operadora quando houver interesse”, disse Braga, durante audiência pública no Senado, em Brasília.

Ainda de acordo com o ministro, a política de conteúdo nacional mínimo deve ser “revisitada” e não pode ser confundida com “mercado exclusivo para alguns interesses”, “janela para a corrupção” e “reserva de mercado.”

Braga afirmou que o modelo de exploração de petróleo no país “precisa sim ser aprimorado” e que o governo deve ter “humildade e coragem para debater isso.” Entretanto, apontou que essas políticas, em especial a que fixa conteúdo nacional mínimo, foram responsáveis “por boa parte” do desenvolvimento da indústria do petróleo no Brasil e pela criação de milhares de empregos no setor.

Acrescente-se a tudo isso o afastamento de alguns assessores da diretoria comprometidos com a Petrobrás e com a Soberania Nacional tendo em vista as novas indicações de diretores e gerentes.